sábado, 26 de setembro de 2015

Drops de Jogos



Olá.

Se você está aqui, é porque se identifica com jogos digitais do passado.

O RGB, lamentavelmente, encerrou suas atividades, mas você pode conferir todas as novidades sobre games e o mercado nacional de desenvolvimento de jogos digitais no Drops de Jogos, site parceiro do Catraca Livre.

Nos vemos lá!


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tributo a Michael Jackson: O Rei dos Pop Games


Olá, Retronautas abandonados.

Lamento esta ausência tão longa, mas a vida dá voltas e a gente vai perdendo a oportunidade de fazer apenas o que gosta e vai aderindo a um novo ritmo, pagando novas contas etc...

Segue abaixo, nota que acabaie de postar no portal de notícias Geek, em homenagem ao astro pop Michael Jackson e sua ligação muito intrínseca com os games.

Espero que você se divirta.

O mundo ainda se pergunta se MJ teria feito parceria com a Sega para trilhas de Sonic.

Por Kao ‘Cyber’ Tokio

No próximo doa 25 de junho, o mundo será palco da grande comoção de fãs pela perda do astro Michael Jackson, ícone pop que dispensa qualquer apresentação.

O cantor, que estaria com 52 anos hoje, foi um dos mais consagrados artistas do Pop internacional e, entre outras paixões, nutria especial apreço pelos games, ao ponto de protagonizar algumas produções e, segundo a lenda, colaborar incógnito com outras.
Em homenagem ao legado artístico e gamístico do moonwalker, apresentamos uma breve revisão do envolvimento do ídolo com o mundo dos games.

Os Games de Neverlamd

Michael Jackson Não queria apenas protagonizar aventuras digitais; ele gostava realmente de games e tinha uma vasta coleção de arcades e simuladores de games no famoso Rancho Neverland. Um catálogo online das peças que foram a leilão em 2009 pode ser visto através do atalho Is.gd/eTDS6f. O acervo particular do cantor possuía raridades como o simulador de combate espacial Galaxy Force, da SEGA, e coisas estranhas, como a máquina de ler o futuro Zoltar.

Embora o envolvimento do pop star com pré-adolescentes tenha sido alvo de muita controvérsia, sabe-se que ele adorava gastar horas com a garotada neste espaço. E quem não gostaria?

Moonwalker

Em 1988, Michael Jackson lançou sua grande empreitada no campo cinematográfico, com a realização do filme Moonwalker. O filme era, na verdade, uma coletânea dos fantásticos clips do artista, entremeados por uma história em que Michael é uma espécie de super-herói que resgata crianças de Mr. Big, um traficante de drogas, protagonizado por Joe Pesci.

O filme serviu de base para o game Michael Jackson´s Moonwalker, criado para arcades e várias plataformas e consoles, lançado em 1990. O game de arcade tinha apresentação de interface em uma simulação de 3D isométrico e o herói vivia a aventura em quatro níveis diferentes, onde era necessário recolher itens e confrontar capangas. O terceiro nível era baseado na clip de Smooth Criminal (cujo sensacional clip pode ser visto através deste atalho: Youtu.be/vG4k3GCWWKk) e, no quarto nível, Michael Jackson transformava-se no robô que combatia os soldados de Mr Big.

As versões para consoles, diferentemente do arcade, apresentavam visão em plataforma lateral e o herói passava por inúmeros andares do ambiente de Smooth Criminal, combatendo vilões com sua dança e resgatando crianças.

Um fato curioso da época, era a batalha de consoles, travada entre Sega e Nintendo. A parceria de Michael Jackson com a criadora de Sonic foi estratégica para a Sega e teve consequências significativas para o mercado pela exclusividade do projeto, fazendo a Nintendo perder o sono por algum tempo.

A música do game aproveitava todo o potencial dos equipamentos, especialmente do console Mega Drive, com apresentação primorosa de temas do filme, especialmente “Smooth Criminal” e Billie Jean", músicas de imenso sucesso naquele período. Ouça um trecho de “Man in the Mirror” na versão 8 bits, clicando neste atalho: Is.gd/dIMOzo.

Outra curiosidade ímpar sobre o filme foi sua ausência no circuito norte-americano de cinemas, em virtude de problemas de negociação com as distribuidores. Os fãs de todo o mundo puderam curtir a performance do astro no telão, enquanto os jovens de Tio Sam tiveram que se contentar com a versão em VHS.

Space Channel 5

O produtor do game, Tetsuya Mizuguchi, comentou, em uma entrevista dada à revista EGM norte-americana, que levou um susto quando recebeu um telefonema do produtor executivo do game nos EUA, informando que Michael queria “atuar” em Space Channel 5. “Que Michael?” teria, perguntado, incrédulo, segundo informa o site G4TV até certificar-se de que o astro pop estava realmente interessado na produção.

Space Channel 5 é um game baseado em ritmo, produzido pela empresa United Game Artists, em 1999, para os consoles Dreamcast, da Sega, e em 2002 para o Sony PS2. No jogo, que se passa 500 anos no futuro, quando as viagens intergaláticas já são cotidianas, conhecemos a personagem Ulala, uma repórter do canal de tv 5, que cobre eventos de dança e confronta uma invasão alienígena dos temíveis Morolians. Michael Jackson tem uma participação especial no game, ajudando a repórter a vencer os inimigos

No segundo game da série, lançado em 2002 também para Dreamcast e PS2, Space Michael tem uma participação mais efetiva na trama, como âncora do Canal 5, e combate inimigos lado a lado com Ulala, em uma batalha musical e de dança. Veja um comercial do game com a performance do astro, clicando neste atalho: Youtu.be/9pnCvZ-yBOs.

Curiosamente, o game só saiu nos EUA em 2003, depois de muita gritaria dos fãs do cantor, anos depois de ser lançado no Japão e Europa.

Stephen Johnson, o articulista do G4TV ainda nos informa que a produtora de games de Michael estava trabalhando na produção de um novo games para PS3.

Ready 2 Rumble Boxing: Round 2

O game, desenvolvido pela Midway e lançado em outubro de 2000, para Dreamcast, com port para o Nintendo 64, PS2 e o portátil Gameboy Advance nos meses seguintes, era um jogo de luta e contava com a participação de dois oponentes secretos: Shaquille O’Neal, o jogador de basquete, e Michael Jackson, como um intrigante ginasta fortão(!) de luvas vermelha e prateada e ares de durão.

O personagem não era jogável, servindo apenas como uma celebridade oponente no ranking de lutas.

Michael Jackson: The Experience

No final de 2010, já após mais de um ano da morte que abalou o planeta, os fãs receberam da Ubisoft um presente na forma de um novo game: Michael Jackson: The Experience.

O game, lançado para as plataformas Wii, Nintendo DS, Xbox 360 e PlayStation 3, apresenta inúmeros trabalhos do artista pop, na forma de um game musical. Não chega a ser uma grande novidade, num momento em que tantos outros jogos voltados para música e dança são lançados, como Dance Central, Rock Band e clones do gênero, mas é certo que o produto encontra resposta de público no imenso fã-clube de Michael Jackson em toda parte.

O jogo, que permite a performance simultânea de até quatro candidatos a breaker, ganha em performance na plataforma da Microsoft, por apresentar outro nível de imersão gestual com a leitura precisa de movimentos do sistema Kinect, de modo que bons imitadores de Michael saem na vantagem. O jogo, no entanto, diverte saudosistas e, mesmo a geração mais nova, que teve pouco contato com os requebrados do pop star vão gostar de chacoalhar o esqueleto ao som de seus grandes clássicos.

A Controvérsia de Sonic 3

Sempre foi um mistério para os ouvintes mais atentos a semelhança entre a batida musical de Stranger in Moscow, do álbum History e a trilha de Knucles para o game Sonic 3 e a base musical de In The Closet.

“Plágio?”, perguntam-se os fãs, admirados com a ideia de seu ídolo ter passado por alguma momentânea falta de inspiração. Na verdade, de acordo com o compositor musical Brad Buxer, Michael e ele trabalharam juntos na criação musical do jogo: “Michael me chamou para ajudá-lo nesse projeto na época”, conta. “Se ele não aparece nos créditos, é porque não ficou contente com o resultado”, de acordo com a revista Black and White, informa o site francês Jeux Video .

O ícone moonwalker nunca se manifestou a respeito e a entrevista de Buxer só foi realizada após a morte do cantor, de modo que é impossível sabermos a verdade. No entanto, em vista da proximidade de Michael Jackson com a Sega, é possível considerar que a história pode ter um fundo de verdade.

Para sanar as dúvidas, confira os vídeos que apresentam as duas trilhas sonoras e tire suas conclusões. Neste atalho Youtu.be/VcxWBvNNmHw, você confere um dub com a trilha de Sonic 3 e a música do Rei do Pop e, neste outro atalho Youtu.be/qyts-nqn6cQ, é possível acompanhar no vídeo a base musical do personagem Knucles no game Sonic 3, mixada com a composição In The Closet.

Você vai peceber que a semelhança entre as composições é mesmo incrível e o produtor musical está, provavelmente, falando a verdade.

Who´s Bad?

Há ainda uma homenagem indireta – e provavelmente não autorizada – ao cantor no divertidíssimo game Plants vs Zombies , produzido pela PopCap, e lançado em 2009 para web, PC e Mac OS. O personagem aparece em determinado momento do game e lembra claramente o zumbi do clip “Thriller”.

Muitos outros games estão disponíveis na rede com o Pop Star dançando e cantando, basta procurar. Outra deliciosa homenagem, que não se trata necessariamente de um game, mas de uma diversão coletiva online, você encontra no site Eternal Moonwalk, que compila vídeos de todas as partes do mundo em uma longa apresentação de scrolling lateral com performances de anônimos realizando o Moonwalk, o passo de dança que tornou-se o legado de MJ para as futuras gerações. Entre no site e contribua com seu vídeo.

O crédito da imagem de Plants vs Zombies é do site The Game Cast.

Michael Jackson foi um grande artista e, provavelmente, a maior revelação Pop do mundo. Certamente, outros games virão.

domingo, 3 de abril de 2011

CRIANDO PIXEL ARTS


Como Retro-entusiasta, obviamente, adoro pixel artes.

Aqui no RGB já fiz vários posts sobre o assunto, como é possível conferir nesta nota sobre o brilhante Retro Sabotage, Os trabalhos do PixelBeard ou os primeiros quadrinhos com uso de computador.

Agora, apresento-lhes um tutorial do artista Derek Yu, ensinando você a criar sua própria Pixel Art, passo a passo.

Vale a pena consultar e arriscar umas brincadeiras no seu programa preferido de tratamento de imagens.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

TUNE FOR DA' DAY


As Chiptunes parecem ter dominado o gosto musical de grande parte dos jogadores de vídeo game.

É compreensível, considerando-se que unem alguns elementos muito atraentes para este público, como - obviamente - vídeo games e música eletrônica, com direito a guitarras, sintetizadores e outros aparatos não menos charmosos.

Há muitos sites por aí com este material para ouvir e baixar (não é difícil achar, acredite!).

Hoje, xeretando online, encontrei os vídeos do guitarrista "FamilyJules7X", no Pixel Music. O garoto é realmente muito impressionante e a música é contagiante!

Abaixo, você assiste a um medley com otimos temas de jogos da Nintendo. Se gostar, sugiro dar uma passadinha no canal do garoto no Youtube.



Há outros temas do músico para serem ouvidos neste site. Aprecie sem moderação!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MÓVEIS DE PIXEL


Algumas apropriações de Design são para lá de sacadas.

Neste post, você conhece o trabalho do designer Igor Chak, que realiza algumas produções de mobiliários muito interessantes, como é o caso deste sofá Space Invaders.

Não sei se a namco cobrou direitos de propriedade intelectual do artista, mas o rsultado é bem legal (e combina direitinho com a sala de casa :-).


Outro trabalho saudosista e sensacional que você encontrra no site do artista é a estante Donkey Kong, que também cabe no quarto do meu filho.


Se quiser me presentear por saudá-lo com este magnífico post, te mando o endereço para entrega das peças, tá?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

LIVRO NO FORNO


Olá, retronautas.
Perdoem o sumiço.

Após um ano intenso de aulas ministradas, é um prazer voltr a ter algum tempo para retomar velhos hábitos e prazeres como, por exemplo, postar no blog.

Ultimamente ando em uma fase ainda mais saudosista, voltado para uma literatura focda nos primórdios do mercado de games,

Entre os livros (e muitos sites) lidos, reli "Os Mestres do Jogo", de David Sheff, que conta a história do início da Nintendo do Japão e como a empresa ganhou o mundo com Mario, Nes e outros apetrechos.

Se você não conhece este material hoje fora de catálogo, vale a pena caçar em sebos. O Cabelo, dos Jogos 80, tem um ótimo post sobre o livro.


Outro livro bacana que acabei de ler e foi recém editado é a produção nacional "Jogos Eletrônicos — 50 Anos de Interação e Diversão", de Daniel Goularte.

O livro apresenta um panorama geral sobre o entretenimento eletrônico e faz um belo trabalho de resgate da breve história dos games no território nacional, reconstituído a partir das memórias do próprio autor, um declarado entusiasta de jogos desde pequeno.

Não vou me ater sobre detalhes do projeto, pois estou produzindo um post de opinião para o Game Cultura, mas se você quiser conhecer melhor o autor cearence, há uma bela entrevista neste site.

Por fim, segue o assunto que motivou a criação deste post:

Ontem, navegando na rede, tropecei no blog História dos Games, de Luiz Belonio. Não conheço o autor, mas achei a proposta muito interessante: Belonio está escrevendo, há duras penas, a história do mercado nacional de games, desde o período dos arcades e máquinas de pinball.

Não é uma proposta fácil de ser realizada e ele já foi até fragorosamente desestimulado pelo nosso amigo Pablo Miyazawa, que observou (com certa justiça, diga-se) que "a maioria das pessoas que participou desses acontecimentos ou não está mais viva, ou não se lembra de detalhes porque mudou de área".

Para nossa sorte, Luiz Belonio parece não estar seguindo os conselhos do sábio Miyazawa.

Em seu blog, é posível conferir os cinco primeiros capítilos de “Do Atari ao Zeebo: A história dos videogames no Brasil”. O texto é bem escrito e mostra que o autor parece estar realmente empenhado em levantar tudo o que for possível sobre as (poucas) informações históricas dos games no Brasil.

Se conseguir, vou trocar algumas idéias com o autor, mas recomendo que você gaste algum tempo na leitura dos capítulos iniciais, não só para rememorar algumas passagens de jogos do passado, como também para estimular o trabalho hercúleo de Luiz Belonio.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

MARIO 25 ANOS - PARABÉNS!


Mario, aquele bigodudo tão famoso quanto o Mickey, acaba de fazer 25 anos. O carpinteiro Jumpman já existia, como você já sabe, mas foi com o cartucho para o NES que o personagem ganhou o mundo.


Para comemorar esta data tão importante para o mundo dos games, o G1 fez uma bela matéria sobre o jogo.
Tive o privilégio de participar, dando minhas impressões e comentários. Se você não leu, eis aqui a matéria na íntegra.


Vida longa a Mario e seus mundos!!!


'Super Mario bros.', 25 anos, superou os games para invadir cultura pop


Título chegou ao mercado em 13 de setembro de 1985.Encanador se tornou um ícone mais conhecido do que Mickey, diz autor.


Gustavo Petró Do G1, em São Paulo - 13/09/2010 12h53


Quem diria que um encanador baixinho, gordinho, narigudo e bigodudo do bairro do Brooklyn, na cidade de Nova York se tornaria um dos maiores ícones dos games e da cultura pop? E foi com o game “Super Mario bros.”, que comemora 25 anos nesta segunda-feira (13), que o personagem deu seus primeiros pulos em cima de tartarugas, enfrentou o temível Bowser e salvou uma princesa indefesa rumo ao sucesso que ultrapassou gerações e o nicho dos games.

Responsável por vender mais de 40 milhões de cópias em todo o mundo, o jogo “Super Mario bros.” é do gênero de plataforma “side-scrolling” – jogos em 2D em que o personagem corre da esquerda para a direita e pode pular em plataformas existe mais bem-sucedido de todos os tempos. Embora não seja o primeiro, “Atari football”, de 1978, é o considerado o primogênito, foi o que conseguiu quebrar paradigmas de uma indústria que amargava péssimos resultados de vendas. Todos os games do mesmo gênero que vieram depois como “Sonic”, por exemplo, seguiram a tendência criada pelo jogo da Nintendo.


O sucesso da série “Super Mario”, cujo primeiro game foi lançado em 1985 para o console Nintendo Entertainment System (NES), se explica ao analisar o contexto histórico da época. “Em meados da década de 1980, a indústria de videogames estava em declínio. As pessoas ainda associavam games ao Atari, que eram jogos com visual muito inferior aos fliperamas da época”, afirma Steven Kent, jornalista especializado em games e autor do livro “The ultimate videogame history”, lançado em 2001.

“Quando a Nintendo lançou o NES com ‘Super Mario bros.’, ela apresentou gráficos melhores do que muitos fliperamas, além de um game de longa duração e com maior complexidade do que os títulos da época. Mario era reconhecido como um homem e não uma figura de pauzinhos, os cogumelos pareciam cogumelos e não apenas algo que lembrasse o item”.

O jogo foi criado por Shigeru Miyamoto, um dos mais famosos designers de games de todos os tempos, que usou muito de sua experiência de infância e sua criatividade para criar Mario e seus games. “Artisticamente, ‘Super Mario bros.’ consegue unir aspectos do animismo japonês com uma comédia surreal, quase chaplinesca”, explica Steven Poole, autor do livro “Trigger happy” e colunista da revista especializada em games Edge. “Foi também um dos primeiros jogos que permitiram explorar o mundo que era rico e imprevisível, sempre recompensando o jogador com a experimentação”.


Além de contar com controles precisos e simples, que envolvem apenas andar, correr e saltar, e um desafio que aumenta ao longo de todos os mundos do game, é a história por trás de “Super Mario bros.” que, embora nunca tenha sido implícita até nos jogos atuais do encanador, conseguiu cativar milhões de pessoas. “O jogo trouxe algo inédito na época que era uma história fantasiosa e surpreendente e o herói improvável que salva a princesa no final”, conta Kao "Cyber" Tokio, professor de design de games.


Mario, criado em 1981 para o game “Donkey Kong”, de acordo com "Cyber", não tem o estereótipo de alguém que consegue enfrentar qualquer perigo e, mesmo assim, ele conseguir cumprir sua missão no final. “Algo que estudamos no design de games é o carisma dos personagens, seja ele Pac-man ou o Kratos [de ‘God of war]. No caso do Mario, é o herói improvável, que não tem nada do herói tradicional grego, mas ele tem um charme engraçado por ser baixinho e barrigudo”. Cyber também afirma que a Nintendo soube aproveitar o fato de o personagem “conseguir suplantar seus desafios usando um nível de violência cartunesco, aceito pela sociedade.


Sucesso nas vendas trouxe mais gamesNo lançamento norte-americano do NES, em 18 de outubro de 1985, “Super Mario bros.” foi vendido com o console. Isso fez com que o jogo e o aparelho se tornassem muito populares, algo que toda a criança e jovem deveriam ter nos Estados Unidos, de acordo com Steven Kent. Com a Nintendo vendo seus caixas encherem de dinheiro, uma sequência era mais do que obrigatória.
“Super Mario bros. 2”, lançado alguns anos depois falhou duas vezes nos Estados Unidos. A primeira versão trouxe basicamente a mesma história, mas fases criadas de modo aleatório. Um salto em uma plataforma podia ser arruinado por uma ventania que começava do nada e, por isso, a Nintendo optou por não importá-lo do Japão. Esta versão foi lançada tempo depois como “The lost levels”.


Com a necessidade de ter um novo game, a empresa decidiu pegar um jogo chamado “Doki doki panic” e recolocar Mario como o herói principal, lançando-o como “Super Mario bros. 2”. “O jogo era lento, não apresentou a música original e não tinha as mesmas cores do original”, diz Kent.
Desde essa época que a Nintendo cuida muito bem de Mario. “Super Mario bros. 3”, lançado em 1988, é a maior prova disso. Considerado pelos fãs um dos melhores títulos da franquia, ele trouxe roupas que davam a Mario as habilidades de voar e nadar. Além disso, trouxe um mapa que permitiu aos jogadores explorarem melhor o mundo.


“O game puxou a estética original dos consoles de 8-Bit com uma programação melhor e trouxe um personagem com mais detalhes, níveis de altura diferentes no mesmo cenário e uma imersão narrativa mais complexa”, afirma Tokio. “O público já estava preparado para a novidade, que teve uma construção mais rica do que os antecessores, ganhando com efetividade o Ocidente”.


Mario vira tendênciaMario se tornou o mascote da Nintendo. E, embora outros personagens carismáticos tenham aparecido antes dele, como Pac-man, por exemplo, ele foi o que conseguiu conquistar mais fãs. “Mario, no game ‘Donkey kong’, foi o primeiro personagem humanoide dos games”, conta Steven Poole. “Depois do sucesso de ‘Super Mario bros.’, todas as outras produtoras se preocuparam em criar um mascote”. Assim vieram Sonic, Crash Bandicoot, Samus, Jak & Daxter.


No livro “Trigger happy”, Poole cita que Mario é mais conhecido por crianças norte-americanas do que o Mickey Mouse. “Foi uma pesquisa realizada por uma empresa de marketing com estudantes em 1990. Não me surpreende este fato”, conta o autor.


Com o console Nintendo 64, a fabricante conseguiu transportar Mario de um ambiente 2D para um 3D com o jogo “Super Mario 64”. “’Mario 64’ soube explorar bem o 3D, o poligonal e ter sacadas interessantes”, afirma Toquio. “Mesmo com outros jogos levando a tendência do 3D para a indústria de games, Mario leva a fama porque ele é o campeão. O mesmo ambiente que o público já conhecia como os Goombas, itens, foram mantidos, sabendo atualizar o norte da franquia”.


Ao longo dos anos, a Nintendo soube explorar Mario como um personagem que cativa os jogadores. Assim, o encanador apareceu em games de outros estilos como “Super Mario kart” (corrida), “Super Mario strikers” (futebol), “Mario tennis” (tênis), “Mario party” (coletânea de minigames) entre outros. A franquia se tornou tão forte que além do personagem principal, outros do mesmo mundo começaram a fazer parte dos títulos como seu irmão, Luigi, a Princesa Peach e o pequeno Toad.


Mesmo com outros personagens tentando alcançar a popularidade de Mario, na época como Sonic e Alex Kidd, ambos da Sega, Mario superou as barreiras dos games e se tornou ícone da cultura pop. Além dos óbvios itens de merchandising como bonecos de pelúcia, chaveiros e o que mais a imaginação permitir, o personagem teve seriado de TV e até filme no cinema.


“The Super Mario bros. super show”, que chegou passar no Brasil, tinha o ator Lou Albano, morto em 2009, como o encanador italiano. Um filme protagonizado por Bob Hoskins como Mario e John Leguizano como Luigi foi lançado nos cinemas em 1993, mas não fez sucesso. A produção fugiu muito das características conhecidas nos games.


Para iniciar uma nova geração de jogos, Mario teve que falar. A Nintendo escolheu o ator Charles Martimet para dar voz ao personagem. Em entrevista ao G1 em março passado,
Martinet afirmou que se inspirou em um personagem de Shakespeare para dar vida ao encanador.

Futuro do encanadorCom os jogos mais modernos de Mario fazendo muito sucesso, com “New super Mario bros. Wii” vendendo mais de 1,4 milhões de cópias e seu título mais recente, “Super Mario galaxy 2”, com 1,2 milhões, a Nintendo está longe de esquecer do personagem.


“Ao longo da evolução, a Nintendo foi inteligente em atualizar o personagem sem acabar com seus aspectos fundamentais. Mesmo em outros games longe da série original como “Mario kart” e “Super smash bros. brawl”, onde Mario usa outras habilidades, ele continua sendo o mesmo personagem cativante”, diz Cyber.


Ainda que a fabricante não tenha anunciado nenhum novo título do herói, certamente ele dará as caras no Nintendo 3DS, portátil que deve chegar ao mercado em 2011. No Wii sua reaparição em uma nova aventura ainda é incerta, mas ele deve dar seus pulos novamente no sucessor do console.
Os especialistas em games, no entanto, não duvidam do sucesso que o próximo “Super Mario” irá fazer. “Tenho certeza que mesmo com todas as novidades que os games trarão nos próximos 25 anos, as pessoas continuarão a jogar ‘Super Mario bros.’”, disse Cyber. Quando perguntado pela reportagem sobre qual inovação o próximo game da franquia iria trazer, Steven Poole não pensou duas vezes: “Não sei prever, só sei que será muito bom”.


domingo, 19 de setembro de 2010

É MUITA ENERGIA!

O RGB está largado há algum tempo, pois tenho trabalhado muito, mas muito mesmo!

Este esforço todo vem sendo realizado com mais ênfase desde outubro passado e tem nome:

Energia.

Esta é a exposição recém inaugurada no SESC Itaquera, que fala do tema por meio de 12 espaços expositivos em 1.400m quadrados, recheados de instalações lúdico-interativas. É claro, também há jogos para diversão da família.

Se você não conhece o SESC Itaquera, vale a pena atravessar a cidade e encontrar este belo oasis no meio da esquecida perifa.

Se quer uma motivação a mais, veja esta reportagem do Globo News apresentando a exposição:





domingo, 5 de setembro de 2010

GAMES BY BRASIL


Antes tarde do que mais tarde!

Em 23 de agosto, Sabrina Carmona lançou o selo oficial do projeto Empresas Brasileiras (esse que você vê no início do post!).

A idéia, é apoiar e dar suporte à criação de um mercado de produção de games forte e competitivo em território nacional e transformar a mídia game em um veículo respeitável e digno de orgulho nacional, como o Futebol (pré-Dunga :-), os bombeiros e o controle da inflação!

Brincadeiras à parte, temos que nos orgulhar de verdade e ajudar a solidificar este campo de ação que é tão interessante, crescente e promissor.

Apoie e divulgue! Se você conhece alguma empresa de jogos, mande o contato ou informe o responsável para integrar esta iniciativa!

Vida longa às Empresas Nacionais de Games!

SUPER EASY GAMES!


Há algum tempo, escrevi no GameCultura um artigo falando sobre a dificuldade dos noobies e galera da meia idade em conseguir jogar estes games da atualidade, com controles cheios de botões e dinâmicas cada vez mais complexas.


Agora curiosamente, encontrei este fantástico vídeo da galera do College Humor que mostra como resolver este problema. Talvez haja um hiato muito grande entre o que proponho e o que a animação apresenta, mas não deixa de ser engraçado, como você pode conferir no vídeo abaixo.

Antenada com angústias como as minhas, a Nintendo já oferece um diferentecial em seus jogos, como é o caso do sistema automático em games como Super Mario Bros para Wii, que assume o controle do jogo nos momentos mais complicados, deixando o jogo fluir mais facilmente para aqueles que não estão interessados apenas no nível de desafio, mas também em outras qualidades do game, como estética, história e criatividade.
Segue outro vídeo mais abaixo, mostrando a dinâmica do jogo do Mario.






Nem todo mundo parece gostar desse idéia (veja este gráfico sobre Zelda com o sistema), mas lembro que coisa parecida aconteceu com o advento da gravação musical (que tirava a expontaneidade e pureza da música) e até do controle remoto (que criaria gerações de telespectadores sedentários), mas acredito que isso é coisa de quem joga sempre, desde seu primeiro NES ou Atari.

Nós, velhinhos, também merecemos uma chance de ver o final de Assassin´s Creed, não acha?