segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Quer ficar na moda?


QUER FICAR NA MODA?

Tá difícil encotrar aquela camiseta retrô que você tanto gosta?
Seus problemas acabaram!
Com o Camiseitor 2000 você... opa! Texto errado!

Então, gente: encontrei o post desta matéria no blog 16 Bit do Fábio Bracht (veja os links aí, à esquerda!) e fui direto ao canal.

Olha que bacana como estes malucos do Hacker Zen fazem as próprias camisetas.
Se você não é um Rembrandt tudo bem, a coisa é muito fácil de fazer e você não deve estragar muitas camisetas até acertar, eheheh...

Té+!



quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Clássico (Bem) Revisitado


CLÁSSICO (BEM) REVISITADO

Li em um dos artigos que os velhos gamers costumam a reclamar, dizendo: "No meu tempo, os jogos eram mais difíceis, não tinham vidas extras, nem check points" e, quando isso acontecia, era porque o jogador estava se referindo, certamente, a Prince Of Persia!
O clássico game disponibilizado para Apple II em 1989, era um marco para o game design daquela época. O apple II era a melhor plataforma do período para o desenvolvimento de jogos, não só porque podia exibir 'impressionantes' 16 cores na tela, mas por possuir o diferencial da portabilidade, que permitia que você mantivesse o jogo no disquetão de 5'1/2 e levasse para jogar na casa de qualquer amigo que também tivesse Apple II.

É claro que, naquela época, os consoles da Atari e outros fabricantes já possuíam cartuchos intercambiáveis, mas eles não permitiam que o jogo fosse copiado e distribuído para o amigos, certo?
No entanto, este não era o único (nem o melhor) diferencial do jogo.
Jordan Mechner, o designer responsável pela obra, tinha em mente desde o começo a criação de um clássico! Segundo consta em sua biografia, Mechner se interessava por cinema desde sua graduação e estudou a fundo a técnica pela qual é possível observarmos o movimento de forma fragmentada e sequencial. Esta técnica, conhecida como Rotoscopia, já foi largamente utilizada em animações e encaixava-se com perfeição aos objetivos do designer.

Sua primeira e bem-sucedida criação era o jogo karateka, também para Apple II em 1984, e se destacava pela elegante performance dos lutadores na tela, mesmo que a qualidade dos gráficos fosse tão sofrível como aqueles criados para consoles básicos como o Atari e Coleco. O truque de
Mechner estava na forma como ele criava e montava os 'sprites' do jogo, utilizando a rotoscopia e animando os bitmaps resultantes da filmagem original do quadro-a-quadro de movimentos reais de seu irmão.

Esta decomposição do movimento em pequenos 'frames' (para usar uma linguagem mais atual) foi desenvolvida por
Eadweard James Muybridge, fotógrafo e investigador britânico, que realizou uma extensa pesquisa com cavalos e outros animais, em 1878 e patenteada mais tarde por Max Fleischer, animador de grande sucesso, responsável por desenhos como Poppeye e Betty Boop e que criou as primeiras animações utilizando este recurso em 1916, com a série "Out of te Inkwell", que você pode assistir aqui.

Nos anos 70, a técnica ainda era bastante utilizada no cinema, principalmente para conter custos de produção. São famosos os casos da animação 'Wizards' (1977) de Ralph Bakshi e de 'Star Wars' (1977) de George Lucas, que pediram respectivamente US$ 50 mil e US$ 3 milhões de verba suplementar à Fox para finalizar os trabalhos e, tendo seus pedidos recusados, optaram pela Rotoscopia para terminar os filmes.

Outra curiosidade sobre o game, foi o mote que inspirou Mechner a realizá-lo: "Eu tinha feito 'Karateka' enquanto estava na faculdade e sabia que queria fazer um outro jogo... Parte da razão para o sucesso de 'Karateka' era que ele estava ambientado no Japão medieval, que era aquele universo rico e exótico. Eu estava pensando o que poderia ser como aquilo, apenas [um pouco] diferente, e fui parar no mundo de 'As 1001 Noites'. Para além da jogabilidade, no entanto, a inspiração veio mesmo dos oito minutos iniciais de Caçadores da Arca Perdida', em que Indiana Jones corre e pula, setas são lançadas, ele pula por sobre o abismo, se agarra com as pontas dos dedos e se impulsiona no momento em que o portal está se fechando!"
O resto desta entrevista pode ser lido (em inglês!)
no site Gamasutra, mas atenção: é necessário ter login para acesso.

Pois bem, Prince of Persia foi revolucionário e gerou continuações que deixaram a desejar em relação ao original, sendo: Prince of Persia II - The Shadow and The Flame (1994), Prince of Persia 3D (1999), Prince of Persia: The Sands of Time (2003), Prince of Persia: Warrior Within (2004) e Prince of Persia: The Two Thrones (2005), além de um remake para celular, Harem Adventures.

A boa novidade é que a Ubisoft resolveu se redimir e acaba de lançar Prince of Persia Classic para Xbox. Será que é bom?, você vai perguntar. Só pra não estender a conversa, veja o que a redação do Uol Jogos comentou a respeito do lançamento: "
Por 800 Microsoft Points (US$ 10), "Prince of Persia Classic" dá uma aula sobre como um remake deve ser". Tá bom pra você?
O site especializado Gamespot vai na mesma linha e afirma: " Prince of Persia Classic é um exemplo refinado de como modernizar um jogo antigo mantendo o seu apelo intacto".


Todas as análises da internet lamentam que o Xbox Live não disponibiliza o jogo original, mas comemoram o fato de os principais aspectos da jogabilidade continuarem os mesmos, como o fato de se ter ainda somente 60 minutos para salvar a princesa das garras do temível Jafar ou a performance do personagem, que continua praticamente a mesma do jogo anterior, salvo pelos belos gráficos atuais (confira o vídeo no Youtube).

O game também conta agora com check points. Isto significa que, se o seu príncipe morrer depois de passar por um destes pontos, não precisará voltar ao começo do jogo, ressurgindo a partir daí. Desta vez, também é possível salvar a princesa, mesmo depois de terem se passado os 60 minutos de prazo. Mas não espere um final feliz para o casal!


Em tempo: Uma versão cinematográfica já está em andamento pela Disney. O próprio Jordan Mechner está diretamente envolvido no desenvolvimento do roteiro e ninguém menos que Jerry 'Arrasa-Quarteirão' Bruckheimer está na a produção. É esperar para ver!

Se você quer matar a saudade deste clássico, baixe a versão para DOSBOX disponível no Sarcófago ou clique neste link, procure o botão Play Now no final da página e divirta-se jogando online!